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Festas Juninas

Festas Juninas

Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como
feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado
sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e
diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de
alguns destes feriados, são dias santos, por conseqüência consagrado
há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma
forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como
santos (1Co 10.19,20).
É necessário portanto, que nós como corpo do Senhor Jesus, não venhamos
a compartilhar destas consagrações; evitando, estarmos juntos aos
que se alegram com elas. Neste caso, especifico, muitas cidades têm
como tradições patrocinar festividades denominadas como "Festas
Juninas", que consistem em "forrós e outras tradições" comuns à
data; o Espírito de Deus nos aconselha a não participarmos de tais
tradições, nem mesmo, admirá-las. E, na condição de separados que
somos, é sábio declararmos diante das trevas que anulamos em nome
de Jesus Cristo, todo poder e autoridade constituída pelos homens
às forças espirituais contra nossas vidas. O passo seguinte é
procurarmos viver um dia, de muita vigilância e consagração ao
Senhor (Mt 26.41), para que não sejamos atingidos pelo inimigo.

"Não se juntem com os descrentes para trabalharem com eles. Como é que o
certo e o errado podem ser companheiros? Como podem viver juntas a luz e
a escuridão? Como podem Cristo e o diabo estar de acordo? O que é
que um cristão e um descrente têm em comum? Que relação pode haver
entre o Templo de Deus e os ídolos pagãos? Pois nós somos o templo
do Deus vivo." ( 2Co 6:14-16)

Nos dias atuais a permissividade infelizmente é muito bem aceita
pelas igrejas, as práticas comuns aos que andam sob os conselho da
carne, são adaptadas e cristianizadas. Já é possível encontrar-se
igrejas "evangélicas" montando "arraiais juninos", "quadrilhas" e
outras manifestações comuns ao catolicismo. Cegos!

1- FESTAS JUNINAS

As Festas Juninas, são tradicionalmente homenagens a três santos
católicos, são eles: Santo Antonio, São João, São Pedro e São Paulo
. A seguir, veja como surgiu tais comemorações.

O calendário das festas católicas é marcado por diversas comemorações
de dias de santos. As comemorações de cunho religioso foram apropriadas
de tal forma pelo povo brasileiro que ele transformou o Carnaval -
ritual de folia que marca o início da Quaresma, período que vai da
quarta-feira de Cinzas ao domingo de Páscoa - em uma das maiores
expressões festivas do Brasil no decorrer do século XX.

Do mesmo modo, as comemorações de São João (24 de junho) fazem parte
de um ciclo festivo que passou a ser conhecido como festas juninas e
homenageia, além desse, outros santos reverenciados em junho: Santo
Antônio (dia 13) e São Pedro e São Paulo (dia 29).

Se pesquisarmos a origem dessas festividades, perceberemos que elas
remontam a um tempo muito antigo, anterior ao surgimento da era
cristã. De acordo com o livro O Ramo de Ouro, de sir James George
Frazer, o mês de junho, tempo do solstício de verão (no dia 21 ou 22
de junho o Sol, ao meio-dia, atinge seu ponto mais alto no céu, esse
é o dia mais longo e a noite mais curta do ano) no Hemisfério Norte,
era a época do ano em que diversos povos - celtas, bretões, bascos,
sardenhos, egípcios, persas, sírios, sumérios - faziam rituais de
invocação de fertilidade para estimular o crescimento da vegetação,
promover a fartura nas colheitas e trazer chuvas.

No Hemisfério Norte, as quatro estações do ano são demarcadas
nitidamente; na região equatorial e nas tropicais do Hemisfério Sul,
o movimento cíclico alterna o período de chuva e o de estiagem, mas
ainda assim o ciclo vegetativo pode ser observado da mesma maneira -
alteração na coloração e perda das folhas, seca e renascimento.

O que ocorre com a natureza é algo semelhante à saga de Tamuz e
Adônis, que submergem do mundo subterrâneo e retornam todos os anos
para viver com suas amadas Istar e Afrodite e com elas fertilizar a
vida.

Com o cultivo da terra pelo homem, surgiram os rituais de invocação
de fertilidade para ajudar o crescimento das plantas e proporcionar
uma boa colheita.

Na Grécia, por exemplo, Adônis era considerado o espírito dos
cereais. Entre os rituais mais expressivos que o homenageavam estão
os jardins de Adônis: na primavera, durante oito dias, as mulheres
plantavam em vasos ou cestos sementes de trigo, cevada, alface,
funcho e vários tipos de flores. Com o calor do sol, as plantas
cresciam rapidamente e, como não tinham raízes, murchavam ao final
dos oito dias, quando então os pequenos jardins eram levados,
juntamente com as imagens de Adônis morto, para ser lançados ao mar
ou em outras águas.

Os rituais de fertilidade perduraram através dos tempos. Na era
cristã, mesmo que fossem considerados pagãos, não era mais possível
acabar com eles. Segundo Frazer, é por esse motivo que a Igreja
Católica, em vez de condená-los, os adapta às comemorações do dia de
São João, que teria nascido em 24 de junho, dia do solstício

Na Europa, os festejos do solstício de verão foram adaptados à
cultura local, de modo que em Portugal foi incluída a festa de Santo
Antônio de Lisboa ou de Pádua, em 13 de junho. E a tradição cristã
completou o ciclo com os festejos de São Pedro e São Paulo, ambos
apóstolos da maior importância, homenageados em 29 de junho.

Quando os portugueses iniciaram o empreendimento colonial no Brasil,
a partir de 1500, as festas de São João eram ainda o centro das
comemorações de junho. Alguns cronistas contam que os jesuítas
acendiam fogueiras e tochas em junho, provocando grande atração
sobre os indígenas.

Mesmo que no Brasil essa época marcasse o início do inverno, ela
coincidia com a realização dos rituais mais importantes para os
povos que aqui viviam, referentes às colheitas e à preparação dos
novos plantios. O período que vai de junho a setembro é a época da
seca em muitas regiões do Brasil, quando os rios estão baixos e o
solo pronto para enfrentar o plantio, que segue a seqüência:
derrubada da mata, queima das ramagens para limpar o terreno e
adubá-lo com as cinzas e plantio. É a técnica da coivara, tão difundida
entre os povos do continente americano.

Nessa época os roçados velhos, do ano anterior, ainda estão em pleno
vigor, repletos de mandioca, cará, inhame, batata-doce, banana,
abóbora, abacaxi, e a colheita de milho, feijão e amendoim ainda se
encontra em período de consumo. Esse é um tempo bom para pescar e
caçar. Uma série ritual, que dura todo o período, inclui um conjunto
muito variado de festas que congregam as comunidades indígenas em
danças, cantos, rezas e muita fartura de comida. Deve-se agradecer a
abundância, reforçar os laços de parentesco (as festas são uma ótima
ocasião para alianças matrimoniais), reverenciar as divindades aliadas
e rezar forte para que os espíritos malignos não impeçam a fertilidade.
O ato de atear fogo para limpar o mato, além de fertilizar o solo,
serve principalmente para afastar esses espíritos malignos.

Houve, portanto, certa coincidência entre o propósito católico de
atrair os índios ao convívio missionário catequético e as práticas
rituais indígenas, simbolizadas pelas fogueiras de São João. Talvez
seja por causa disso que os festejos juninos tenham tomado as
proporções e a importância que adquiriram no calendário das festas
brasileiras.

As relações familiares eram complementadas pela instituição do
compadrio, que servia para integrar outras pessoas à família,
estreitando assim os laços entre vizinhos e entre patrões e
empregados. Até mesmo os escravos podiam ser apadrinhados pelos
senhores de terra.

Havia duas formas principais de tornar-se compadre e comadre,
padrinho e madrinha: uma era, e ainda é, através do batismo; a
outra, através da fogueira. Nas festas de São João, os homens,
principalmente, formavam duplas de compadres de fogueira: ficavam um
de cada lado da fogueira e deveriam pular as brasas dando-se as mãos
em sentido cruzado.

Os laços de compadrio eram muito importantes, pois os padrinhos
podiam substituir os pais na ausência ou na morte destes, os
compadres integravam grupos de cooperação no trabalho agrícola e os
afilhados eram devedores de obrigações para com os padrinhos. A
instituição beneficiava os patrões, que tinham um séquito de
compadres e afilhados leais tanto nas relações de trabalho como nas
campanhas políticas, quando se beneficiavam do voto de cabresto.

Hoje as festas juninas possuem cor local. De acordo com a região do
país, variam os tipos de dança, indumentária e comida. A tônica é a
fogueira, o foguetório, o milho, a pinga, o mastro e as rezas dos
santos.

No Nordeste sertanejo, o São João é comemorado nos sítios, nas
paróquias, nos arraiais, nas casas e nas cidades. A importância
dessa festa pode ser avaliada pelo número de nordestinos e turistas
que escolhem essa época do ano para sair de férias e participar dos
festejos juninos.

Na Amazônia cabocla, a tradição de homenagear os santos possui um
calendário que tem início em junho, com Santo Antônio, e termina em
dezembro, com São Benedito. Cada comunidade homenageia seus santos
preferidos e padroeiros, com destaque para os santos juninos. São
festas de arraial que começam no décimo dia depois das novenas e nas
quais estão presentes as fogueiras, o foguetório, o mastro, os
banhos, muita comida e folia.

A tradição caipira, especialmente a do Sudeste do Brasil,
caracteriza-se pelas festas realizadas em terreiros rurais, onde não
faltam os elementos típicos dos três santos de junho. Mas elas
também se espalharam pelas cidades e hoje as festas juninas
acontecem, principalmente, em escolas, clubes e bairros. Como em
outras partes do Brasil, o calendário das festas paulistas destaca os
rodeios e as festas de peão boiadeiro como eventos ou espetáculos mais
importantes, que se realizam de março a dezembro.

As festas juninas, com maior ou menor destaque, ainda são realizadas
em todas as regiões do Brasil e representam uma das manifestações
culturais brasileiras mais expressivas.

2- SANTOS JUNINOS

Os três Santos Principais: Sto Antonio, São João e São Pedro
História e Lendas Católica sobre estes santos.

Santo Antônio

Festejado no dia 13 de junho, Santo Antônio é um dos santos de maior
devoção popular tanto no Brasil como em Portugal. Fernando de Bulhões
nasceu em Lisboa em 15 de agosto de 1195 e faleceu em Pádua, na Itália,
em 13 de junho de 1231. Recebeu o nome de Antônio ao passar, em
1220, da Ordem de Santo Agostinho para a Ordem de São Francisco e é
conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua.

Santo Antônio era admirado por seus dotes de ótimo orador, pois quando
pregava a palavra de Deus ela era entendida até mesmo por estrangeiros.
É por assim dizer o "santo dos milagres", como afirmou o padre
Antônio Vieira em um sermão de 1663 realizado no Maranhão: "Se vos
adoece o filho, Santo Antônio; se vos foge um escravo, Santo
Antônio; se requereis o despacho, Santo Antônio; se aguardais a
sentença, Santo Antônio; se perdeis a menor miudeza de vossa casa,
Santo Antônio; e, talvez se quereis os bens alheios, Santo Antônio".

É o santo familiar e protetor dos varejistas em geral, por isso é comum
encontrar sua figura em estabelecimentos comerciais. É também o
padroeiro das povoações e dos soldados, pois enfrentou em vida
aventuras guerreiras como soldado português.
Sua influência é marcante entre o povo brasileiro. Seus devotos, em
geral, não têm em casa uma imagem grande do santo e preferem levar
no bolso uma pequena para se proteger. É a ele que as moças ansiosas
pedem um noivo. A prática de colocar o santo de cabeça para baixo no
sereno, amarrada num esteio, ou de jogá-lo no fundo do poço até que
o pedido seja atendido, por exemplo, é bastante comum entre os
devotos.

Em homenagem a Santo Antônio, geralmente realizam-se duas espécies de
rezas e festas: os responsos, quando ele é invocado para achar
objetos perdidos, e a trezena, cerimônia que se prolonga com
cânticos, foguetório e comes e bebes de 1 a 13 de junho de cada ano.
O relacionamento entre os devotos e os santos juninos, principalmente
Santo Antônio e São João, é quase familiar: cheio de intimidades,
chega a ser, por vezes, irreverente, debochado e quase obsceno. Esse
caráter fica bastante evidente quando se entra em contato com as
simpatias, sortes, adivinhas e acalantos feitos a esses santos. Os
objetos utilizados nas simpatias e adivinhações devem ser virgens,
ou seja, estar sendo usados pela primeira vez, senão… nada de a
simpatia funcionar!
Nos primeiros treze dias de junho, os devotos de Santo Antônio rezam
as trezenas com o intuito de alcançar graças através da sua
intervenção ou de agradecer um milagre que o santo tenha realizado.

São João

João Batista, primo de Jesus Cristo, nasceu no dia 24 de junho, alguns
anos antes de seu primo Jesus Cristo, e morreu em 29 de agosto do
ano 31 d.C., na Palestina. Foi degolado por ordem de Herodes Antipas
a pedido de sua enteada Salomé, pois a pregação do filho de Santa
Isabel e São Zacarias incomodava a moral da época. Antes mesmo de
Jesus, João Batista já pregava publicamente às margens do Rio
Jordão. Ele instituiu, pela prática de purificação através da
imersão na água, o batismo, tendo inclusive batizado o próprio Cristo
nas águas desse rio.

São João ocupa papel de destaque nas festas, pois, dentre os santos de
junho, foi ele que deu ao mês o seu nome (mês de São João) e é em sua
homenagem que se chamam "joaninas" as festas realizadas no decurso dos
seus trinta dias. O dia 23 de junho, véspera do nascimento de São
João e início dos festejos, é esperado com especial ansiedade.
Segundo Frei Vicente do Salvador, um dos primeiros brasileiros a
escrever a história de sua terra, já no ano de 1603 os índios
acudiam a todos os festejos portugueses, em especial os de São João,
por causa das fogueiras e capelas.

São João é muito querido por todos, sem distinção de sexo nem de idade.
Moças, velhas, crianças e homens o fazem de oráculo nas adivinhações e
festejam o seu dia com fogos de artifício, tiros e balões coloridos,
além dos banhos coletivos de madrugada. Acende-se uma fogueira à
porta de cada casa para lembrar a fogueira que Santa Isabel acendeu
para avisar Nossa Senhora do nascimento do seu filho.

São João, segundo a tradição, adormece no seu dia, pois se estivesse
acordado vendo as fogueiras que são acesas para homenageá-lo não
resistiria: desceria à Terra e ela correria o risco de incendiar-se.

A Lenda do surgimento da fogueira:
Dizem que Santa Isabel era muito amiga de Nossa Senhora e, por isso,
costumavam visitar-se. Uma tarde, Santa Isabel foi à casa de Nossa
Senhora e aproveitou para contar-lhe que dentro de algum tempo
nasceria seu filho, que se chamaria João Batista.
Nossa Senhora então perguntou:
- Como poderei saber do nascimento dessa criança?
- Vou acender uma fogueira bem grande; assim você poderá vê-la de
longe e saberá que João nasceu. Mandarei também erguer um mastro com
uma boneca sobre ele.
Santa Isabel cumpriu a promessa. Certo dia Nossa Senhora viu ao
longe uma fumaceira e depois umas chamas bem vermelhas. Foi à casa
de Isabel e encontrou o menino João Batista, que mais tarde seria um
dos santos mais importantes da religião católica. Isso se deu no dia 24
de junho.

A Lenda das bombas de São João:
Antes de São João nascer, seu pai, São Zacarias, andava muito triste
por não ter filhos. Certa vez, um anjo de asas coloridas, envolto em
uma luz misteriosa, apareceu à frente de Zacarias e anunciou que ele
seria pai. A alegria de Zacarias foi tão grande que ele perdeu a voz
desse momento em diante. No dia do nascimento do filho, perguntaram
a Zacarias como a criança se chamaria. Fazendo um grande esforço, ele
respondeu "João" e a partir daí recuperou a voz. Todos fizeram um
barulhão enorme. Eram vivas para todos os lados.
Vem daí o costume de as bombinhas, tão apreciadas pelas crianças,
fazerem parte dos festejos juninos.
A festa de São João: Em festa de São João, na maioria das regiões
brasileiras, não faltam fogos de artifício, fogueira, muita comida (o
bolo de São João, principalmente nos bairros rurais, é essencial),
bebida e danças típicas de cada localidade.
No Nordeste, por exemplo, essa festa é tão tradicional que no dia 23
de junho, depois do meio-dia, em algumas localidades ninguém mais
trabalha. Enfeitam-se sítios, fazendas e ruas com bandeirolas
coloridas para a grande festa da véspera de São João. Prepara-se a
lenha para a grande fogueira, onde serão assados batata-doce, mandioca,
cebola do reino e milho. Em torno dela sentam-se os familiares de sangue
e de fogueira.
O formato da fogueira varia de lugar para lugar: pode ser quadrada,
piramidal, empilhada… Quanto mais alta, maior é o prestígio de quem a
armou. Os balões levam, segundo os devotos, os pedidos para o santo.
Quando a fogueira começa a queimar, o mastro, que recebeu a bandeira
do santo homenageado, já se encontra preparado. Ele é levantado
enquanto se fazem preces, pedidos e simpatias.
Depois do levantamento do mastro, tem início a queima de fogos,
soltam-se os busca-pés e as bombinhas. A arvorezinha, também chamada
de mastro, que é plantada em frente às casas e, no lugar da festa, é
plantada perto da fogueira, está enfeitada com laranja, milho verde,
coco, presentes, garrafas, etc.

A cerimônia do banho varia de uma região para outra. No Mato Grosso, por
exemplo, não são as pessoas que se banham nos rios, e sim a imagem do
santo. Na Região Norte, principalmente em Belém e Manaus, o
banho-de-cheiro faz parte das tradições juninas. A preparação do
banho de São João inicia-se alguns dias antes da festa. Trevos,
ervas e cipós são pisados, raízes e paus são ralados dentro de uma
bacia ou cuia com água e depois guardados em garrafas até o momento
do banho. Chegada a hora da cerimônia, os devotos lavam e esfregam o
corpo com esses ingredientes. Acredita-se que o banho-de-cheiro
tenha o poder mágico de trazer muita felicidade às pessoas que o
praticam.

As danças regionais, o som de violas, rabecas e sanfonas, o banho do
santo, o ato de pular a fogueira, a fartura de alimentos e bebidas -
tudo isso transforma a festa de São João numa noite de encantamento
que inspira amores e indica a sorte de seus participantes. No fim da
festa, todos pisam as brasas da fogueira para demonstrar sua
devoção.

São Pedro

São Pedro, o apóstolo e o pescador do lago de Genezareth, cativa
seus devotos pela história pessoal. Homem de origem humilde, ele foi
apóstolo de Cristo e depois encarregado de fundar a Igreja Católica,
tendo sido seu primeiro papa.

Considerado o protetor das viúvas e dos pescadores, São Pedro é
festejado no dia 29 de junho com a realização de grandes procissões
marítimas em várias cidades do Brasil. Em terra, os fogos e o
pau-de-sebo são as principais atrações de sua festa.

Depois de sua morte, São Pedro, segundo a tradição católica, foi nomeado
chaveiro do céu. Assim, para entrar no céu, é necessário que São Pedro
abra as portas. Também lhe é atribuída a responsabilidade de fazer
chover. Quando começa a trovejar, e as crianças choram com medo, é
costume acalmá-las dizendo: "É a barriga de São Pedro que está
roncando" ou "ele está mudando os móveis de lugar".

No dia de São Pedro, todos os que receberam seu nome devem acender
fogueiras na porta de suas casas. Além disso, se alguém amarrar uma
fita no braço de alguém chamado Pedro, ele tem a obrigação de dar um
presente ou pagar uma bebida àquele que o amarrou, em homenagem ao
santo.

A festa de São Pedro: Em homenagem ao santo, acendem-se fogueiras,
erguem-se mastros com sua bandeira e queimam-se fogos, porém não há na
noite de 29 de junho a mesma empolgação presente na festa de São
João.
Também se fazem procissões terrestres, organizadas pelas viúvas, e
fluviais, pois, como vimos, São Pedro é o protetor dos pescadores e
das viúvas. Em várias regiões do Brasil, a brincadeira mais comum na
festa é a do pau-de-sebo.
Embora São Paulo também seja homenageado em 29 de junho, ele não é
figura de destaque nas festividades desse mês.

3 - DANÇAS JUNINAS

Amados Pais, servos do Senhor:
É relativamente comum os colégios (empresas ou associações) exigirem que
participemos ou que nossos filhos, participem das Festas Juninas que são
programadas, em especial, que sejam ativos participantes nas danças de
quadrilha. À luz da Palavra do Senhor, é incompatível com nossos
princípios de fé e condição de servos do Eterno.
Este relato sobre as Festas Juninas, não deixa a menor dúvida que ela é
uma festa dedicada a santos Católicos e toda e qualquer participação
do Povo de Deus, é uma desobediência aos Seus mandamentos.

"Não se juntem com os descrentes para trabalharem com eles. Como é que o
certo e o errado podem ser companheiros? Como podem viver juntas a luz e
a escuridão? Como podem Cristo e o diabo estar de acordo? O que é
que um cristão e um descrente têm em comum? Que relação pode haver
entre o Templo de Deus e os ídolos pagãos? Pois nós somos o templo
do Deus vivo." ( 2Co 6:14-16)

Nos dias atuais a permissividade infelizmente é muito bem aceita pelas
igrejas, as práticas comuns aos que andam sob os conselho da carne, são
adaptadas e cristinianizadas. Já é possível encontrar-se igrejas
"evangélicas" montando "arraiais juninos", "quadrilhas" e outras
manifestações comuns ao catolicismo. Cegos!

Veja a descrição de algumas danças relacionadas às Festas Juninas:

Quadrilha

Também chamada de quadrilha caipira ou de quadrilha matuta, é muito
comum nas festas juninas. Consta de diversas evoluções em pares e é
aberta pelo noivo e pela noiva, pois a quadrilha representa o grande
baile do casamento que hipoteticamente se realizou.
Esse tipo de dança (quadrille) surgiu em Paris no século XVIII,
tendo como origem a contredanse française, que por sua vez é uma
adaptação da country danse inglesa, segundo os estudos de Maria Amália
Giffoni.

A quadrilha foi introduzida no Brasil durante a Regência e fez
bastante sucesso nos salões brasileiros do século XIX,
principalmente no Rio de Janeiro, sede da Corte. Depois desceu as
escadarias do palácio e caiu no gosto do povo, que modificou suas
evoluções básicas e introduziu outras, alterando inclusive a música.
A sanfona, o triângulo e a zabumba são os instrumentos musicais que em
geral acompanham a quadrilha. Também são comuns a viola e o violão.
O marcador, ou "marcante", da quadrilha desempenha papel fundamental,
pois é ele que dá a voz de comando em francês não muito correto
misturado com o português e dirige as evoluções da dança. Hoje,
dança-se a quadrilha apenas nas festas juninas e em comemorações
festivas no meio rural. A quadrilha é mais comum no Brasil sertanejo
e caipira, mas também é dançada em outras regiões de maneira muito
própria, caso de Belém do Pará, onde há mistura com outras danças
regionais. Ali, há o comando do marcador e durante a evolução da
quadrilha dança-se o carimbó, o xote, o siriá e o lundum, sempre com os
trajes típicos.

Trajes usados na dança

No fim do século XIX as damas que dançavam a quadrilha usavam
vestidos até os pés, sem muita roda, no estilo blusão, com gola
alta, cintura marcada, mangas "presunto" (como são?) e botinas de
salto abotoadas do lado. Os cavalheiros vestiam paletó até o joelho,
com três botões, colete, calças estreitas, camisa de colarinho duro,
gravata de laço e botinas.
Hoje em dia, na tradição rural brasileira, o vestuário típico das festas
juninas não difere do de outras festas: homens e mulheres usam suas
melhores roupas. Nos centros urbanos, há uma interpretação do
vestuário caipira ou sertanejo baseada no hábito de confeccionar
roupas femininas com tecido de chita florido e as masculinas com
tecidos de algodão listrados e escuros. Assim, as roupas usadas para
dançar a quadrilha variam conforme as características culturais de
cada região do país.
Os trajes mais comuns são: para os cavalheiros, camisa de estampa
xadrez, com imitação de remendos na calça e na camisa, chapéu de
palha, talvez um lenço no pescoço e botas de cano; as damas
geralmente usam vestidos com estampas florais, de cores fortes, com
babados e rendas, mangas bufantes e laçarotes no cabelo ou chapéu de
palha.

Fandango

Dançado em várias regiões do país em festividades católicas como o
Natal e as festas juninas, o fandango tem sentidos diferentes de
acordo com a localidade. No Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande
do Sul e até em São Paulo) o fandango é um baile com várias danças
regionais: anu, candeeiro, caranguejo, chimarrita, chula, marrafa,
pericó, quero-quero, cana-verde, marinheiro, polca etc. A
coreografia não é improvisada e segue a tradição.

Bumba-meu-boi

Dança dramática presente em várias festividades, como o Natal e as
festas juninas, o bumba-meu-boi tem características diferentes e
recebe inclusive denominações distintas de acordo com a localidade
em que é apresentado: no Piauí e no Maranhão, chama-se
bumba-meu-boi; na Amazônia, boi-bumbá; em Santa Catarina,
boi-de-mamão; no Recife, é o boi-calemba e no Estado do Rio de Janeiro,
folguedo-do-boi.
O enredo da dança é o seguinte: uma mulher chamada Mãe Catirina, que
está grávida, sente vontade de comer língua de boi. O marido, Pai
Francisco, resolve atender ao desejo da mulher e mata o primeiro boi
que encontra. Logo depois, o dono do boi, que era o patrão de Pai
Francisco, aparece e fica muito zangado ao ver o animal morto. Para
consertar a situação, surge um curandeiro, que consegue ressuscitar
o boi. Nesse momento, todos se alegram e começam a brincar.
Os participantes do bumba-meu-boi dançam e tocam instrumentos enquanto
as pessoas que assistem se divertem quando o boi ameaça correr atrás
de alguém. O boi do espetáculo é feito de papelão ou madeira e recoberto
por um pano colorido. Dentro da carcaça, alguém faz os movimentos do
boi.

Lundu (lundum/londu/landu)

De origem africana, o lundu foi trazido para o Brasil pelos escravos
vindos principalmente de Angola. Nessa dança, homens e mulheres,
apesar de formar pares, dançam soltos.
A mulher dança no lugar e tenta seduzir com seus encantos o parceiro. A
princípio ela demonstra certa indiferença, mas, no desenrolar da dança,
passa a mostrar interesse pelo rapaz, que a seduz e a envolve. Nesse
momento, os movimentos são mais rápidos e revelam a paixão que passa a
existir entre os dançarinos. Logo o cavalheiro passa a provocar outra
dama e o lundu recomeça com a mesma vivacidade.
O lundu é executado com o estalar dos dedos dos dançarinos, castanholas
e sapateado, além do canto acompanhado por guitarras e violões. Em
geral a música é executada como compasso binário, com certo
predomínio de sons rebatidos.
Essa dança é típica das festas juninas nos estados do Norte (como parte
da quadrilha tradicional e independente desta), Nordeste e Sudeste
do Brasil

Cateretê

Dança rural do Sul do país, o cateretê foi introduzido pelos
jesuítas nas comemorações em homenagem a Santa Cruz, São Gonçalo,
Espírito Santo, São João e Nossa Senhora da Conceição. É uma dança
bastante difundida nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais e também está presente nas festas católicas do Pará,
Mato-Grosso e Amazonas.
Nas zonas litorâneas, geralmente é dançado com tamancos de madeira dura.
No interior desses estados, os dançarinos dançam descalços ou usam
esporas nos sapatos. Em algumas cidades o cateretê é conhecido como
catira.
Em geral, o cateretê é dançado apenas por homens, porém em alguns
estados, como Minas Gerais, as mulheres também participam da dança.
Os dançarinos formam duas fileiras, com acompanhamento de viola,
cantos, sapateado e palmas. Os saltos e a formação em círculo
aparecem rapidamente. Os dançarinos não cantam, apenas batem os pés
e as mãos e acompanham a evolução. As melodias são cantadas por dois
violeiros, o mestre, que canta a primeira voz, e o contramestre, que
faz a segunda.

Elias R. de Oliveira
Fonte de Pesquisa: www.festajuninas.com.br
http://www.festajuninas.com.br

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