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A boa comunicação entre pais e filhos

A paternidade é uma das mais sublimes missões da humanidade, e uma das
mais complexas. Há muitos homens que ganharam notoriedade nasociedade e
perderam seus filhos. Galgaram os degraus da fama e do sucesso e
sofreram derrotas fragorosas dentro do lar. Há aqueles, também, que
jamais subiram ao pódio da fama, mas construíram famílias sólidas e
edificaram relacionamentos saudáveis dentro do lar.




A Bíblia aponta vários exemplos de homens que foram grandes líderes e
tornaram seus nomes célebres, alcançaram vitórias retumbantes contra
seus inimigos e figuram entre os nobres na constelação dos grandes deste
mundo, mas fracassaram rotundamente no campo da família. Homens como
Isaque, Davi e Josafá são enaltecidos ainda Primeiro, os pais precisam
cuidar da formação moral dos filhos. Hoje vivemos numa sociedade
profundamente influenciada pelo pós-modernismo.




'Os pais precisam ser modelos para seus filhos. É a única forma eficaz
de ensinar. O espelho é mudo, mas é eloqüente'




A hoje pelas suas virtudes e conquistas fora dos portões da família, mas
sofreram derrotas amargas no contexto familiar.

Ser pai não é uma missão simples. A paternidade responsável exige
preparo, análise, avaliação e inteira dependência de Deus. Temos não
apenas o privilégio de gerar filhos, mas também a responsabilidade de
educá-los. A educação dos filhos é um investimento que exige
compromisso, coerência e muito trabalho. A Bíblia diz que devemos
ensinar os filhos, sobretudo, com o exemplo. Devemos fazê-lo com
perseverança e criatividade. Dentre várias áreas vitais na educação dos
filhos, destacamos três indispensáveis.




A pós-modernidade traz, no seu bojo, três tendências perigosas: a
pluralidade, a privacidade e a secularização. Vivemos num mundo onde há
muitas idéias, conceitos e valores. O mundo cada vez mais rejeita a
idéia de uma verdade absoluta. Os padrões morais graníticos e absolutos
são considerados extremos fundamentalistas e radicais.




O mundo pós-moderno é uma grande arca que abriga toda sorte de
pensamentos, religiões e filosofias. Acabou-se a idéia do conflito, da
apologética, da discussão. Cada pessoa tem espaço para viver a sua
crença, a sua filosofia de vida, o seu padrão moral. Neste contexto, os
pais não interferem na vida dos filhos. Cada um tem uma vida autônoma. A
ética pós-moderna é profundamente privativa. Cada um vive a sua vida sem
ter que prestar contas a ninguém. Não existe um código de ética com
valores absolutos. Cada um tem a sua verdade, os seus princípios e os
seus valores. A ética é individual e privativa. Assim, no conceito
pós-moderno, os pais não têm o direito de interferir na conduta dos
filhos, não têm o direito de lhes impor um padrão de conduta. As pessoas
passam a viver dentro da mesma casa, debaixo do mesmo teto, mas sem
nenhum compromisso, aliança ou sentimento de pertencimento. Também
prevalece na cultura pós-moderna a secularização. O homem é o centro de
todas as coisas. Tudo deve girar em torno do homem, para agradá-lo e
para promover o seu prazer imediato. Não há espaço para Deus nem para a
sua verdade.




Nesse ambiente confuso, os pais cristãos precisam voltar-se para a
Palavra de Deus, a verdade infalível, inerrante e suficiente, para
forjar o caráter de seus filhos. Nossos filhos precisam ter caráter no
meio de uma geração onde a corrupção trafega desde as mais altas cortes
até as choupanas mais pobres. Precisam aprender a ser verdadeiros no
meio de uma geração que tem vergonha de ser honesta. Precisam aprender a
prática da justiça onde os escândalos de toda ordem são a principal
atração dos meios de comunicação de massa. Precisam aprender a amar,
mesmo num mundo marcado pelo ódio e pelas guerras. Construir o caráter
dos nossos filhos é mais importante do que construir impérios. Nossos
filhos precisam mais de ensino e sabedoria do que de fortunas. O bom
nome vale mais do que riquezas.




Segundo, os pais precisam cuidar da vida espiritual dos filhos. Nossa
sociedade está profundamente secularizada. O ter está se tornando mais
importante do que o ser. Os pais investem muito na formação intelectual
e profissional dos filhos, mas, via de regra, os
deixam órfãos na área espiritual.




'Em vez de ser um lugar onde a fragrância do amor e o perfume da
harmonia prevalecem, o lar, muitas vezes, é uma arena de agressões
veladas, verbais e até físicas.'




Três coisas são essenciais na formação espiritual dos filhos.



Primeiro, os pais precisam ensiná-los a amar e temer a Deus de todo o
coração. O único antídoto que pode proteger os jovens da sedução do
mundo e das paixões da mocidade é o amor a Deus. José do Egito resistiu
à sedução da mulher de Potifar porque entendeu que a infidelidade é um
pecado contra Deus. A consciência de que a maior malignidade do pecado é
atentar contra a santidade de Deus é o que nos livra dos laços do
pecado.




Em terceiro lugar, os pais precisam ser modelos para os seus filhos. Não
ensinamos apenas com palavras, mas, sobretudo, com exemplo. Um exemplo
vale mais do que mil palavras. O exemplo não é apenas uma forma de
ensinar, mas a única forma eficaz de fazê-lo. Os pais precisam ser
coerentes. Eles precisam viver o que ensinam e ensinar o que vivem. Eles
precisam ser o espelho de seus filhos. O espelho é mudo, mas é
eloqüente.




Quarto, os pais precisam orar pelos seus filhos. Os pais são sacerdotes
do lar. Eles devem não apenas falar de Deus para os seus filhos, mas,
principalmente, falar de seus filhos para Deus.

Eles devem constantemente apresentá-los no trono da graça. Eles devem
interceder por eles, chorar por eles, jejuar por eles e jamais abrir mão
de vê-los como coroa de glória nas mãos do Senhor.




De nada adianta os pais ganharem o mundo inteiro e perderem os seus
filhos. A herança de Deus na vida dos pais não é dinheiro, riqueza ou
fama, mas os filhos. Precisamos criá- los para a glória de Deus. Eles
devem ser mais filhos de Deus do que nossos. Nenhum sucesso compensa o
fracasso dos filhos.




Terceiro, os pais precisam cuidar da vida relacional dos filhos. É
triste constatar que há conflitos de geração dentro da família. Os pais
não conseguem falar a linguagem dos filhos. Os filhos não conseguem
compreender os seus pais. Há intransigência, indiferença e distância nos
relacionamentos dentro do lar. Em vez de ser um lugar onde a fragrância
do amor e o perfume da harmonia prevalecem, o lar tem sido, muitas
vezes, uma arena de brigas e um picadeiro de agressões veladas, verbais
e até físicas.




A comunicação precisa ser restabelecida no relacionamento entre os pais
e os filhos. O coração dos pais precisa ser convertido ao coração dos
filhos e o coração dos filhos, a seus pais. Os pais precisam ser
sensíveis às necessidades emocionais dos filhos. Precisam aprender a
ouvi-los. Precisam construir pontes de amizades a fim de que os filhos
encontrem neles apoio, encorajamento e compreensão. O lar precisa ser um
lugar de refúgio, e não um campo de batalhas e contendas.




Os pais precisam a aprender a falar com seus filhos. Falar a verdade em
amor. Falar na hora certa, com a motivação certa, com o tom de voz
certo. Os pais precisam disciplinar os seus filhos com brandura, com
coerência e com espírito de amor e mansidão. Não devem provocá-los à
ira, mas encorajá-los, ensiná-los e abençoá-los. Os pais precisam ser
presentes e participativos na vida dos filhos.




Eles precisam ser seus melhores amigos, ajudando-os a chegar à
maturidade física, emocional, moral e espiritual. Deus está procurando
pais segundo o seu coração, pais que amem seus filhos, que vivam para os
seus filhos e os ensinem a viver uma vida digna de Deus no meio em que
vivem.

Hernandes Dias Lopes

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